Nos Estados Unidos e no Reino Unido várias organizações do terceiro setor já começam a dar sinais de que estão se sentindo asfixiadas pela compulsão em medir impacto e estimar o retorno econômico dos seus projetos sociais.
A esse respeito, o artigo de Srikanth “Srik” Gopal, ex gerente executivo da FSG (Foundation Strategy Group), faz a seguinte reflexão. Ele diz que cada vez mais as organizações querem ser capazes de medir de modo tangível o seu impacto, provar o seu modelo, e garantir aos diretores e aos públicos interessados que estão de fato fazendo bom uso dos recursos. A demanda pela medição do impacto ficou muito forte nos últimos anos. E o movimento para monetizar o impacto só fez acirrar ainda mais essa demanda.
Frente a tantas exigências por modelos de medição econométricos e financeiros, Gopal vai, então, questionar: será que com todo este entusiasmo por medir, documentar, provar e financiar o impacto, não estaríamos perdendo o barco da avaliação?
Para ele, a avaliação é um processo sistemático e intencional de coleta e análise de dados (qualitativos e quantitativos) para produzir informações para a aprendizagem, tomada de decisão e ação. Medir o impacto pode ser um propósito da avaliação, mas de modo nenhum é o único. É hora de parar de (apenas) medir o impacto, e começar a avaliar. A avaliação é importante porque nos ajuda a:
Capturar “o que” está acontecendo, e “porquê” está acontecendo;
Entender o que funciona em um determinado contexto, não no abstrato;
Compreender que fatores estão ajudando e dificultando o sucesso;
Fica aí o alerta de Gopal!!