Na prática, dificilmente uma iniciativa social pode ser classificada como totalmente eficaz (cor preta) ou totalmente ineficaz (cor branca). Haverá sempre aspectos relacionados a esses projetos que tiveram desempenho diferenciado (tonalidades de cinza) e que precisam ser cuidadosamente analisados em suas especificidades. Mesmo porque é preciso ficar atento porque ainda há o risco de eficácia negativa, que é quando a situação social dos beneficiários do projeto piora, apesar das boas intenções da iniciativa.
Tomando por base a metodologia do marco lógico, um projeto social é definido como plenamente eficaz (em inglês, effective) quando ele atinge todos os níveis (hierárquicos) de objetivos planejados para ele – sejam os objetivos relacionados ao processo como aos resultados.
Para que a avaliação possa ser, de fato, um instrumento útil a subsidiar o aprendizado e as tomadas de decisão relacionadas ao projeto, ela não pode se contentar a informar probabilidades quanto à efetividade do projeto em relação à variável-chave de resultado. É preciso ir além, isto é, ser parcimonioso no método, porém abrangente no levantamento das questões avaliativas tidas como relevantes para os públicos envolvidos com a iniciativa social.
São os indicadores que, se bem construídos, vão cumprir esse papel de funcionarem como termômetros para medir o grau de alcance de cada objetivo junto aos seus beneficiários. São os indicadores que vão captar a percepção desses beneficiários quanto ao desempenho do projeto sob diferentes ângulos – O que mudou? Por que? O que funcionou? Como?
O desafio consiste justamente em conseguir operacionalizar, ou traduzir, cada objetivo e suas questões avaliativas em bons indicadores.