Quando me deparava com o termo “venture philanthropy”, ou a sua tradução para o português: filantropia de risco, eu sempre ficava meio confusa….. Como juntar 2 palavras que aparentemente não têm ligação entre si? Se FILANTROPIA significa doação a fundo perdido, como falar em RISCO, ou seja da probabilidade em “perder” o recurso que foi doado?
Fui pesquisar. O site da European Venture Philanthropy Association (EVPA) é bastante esclarecedor. No Brasil é um conceito ainda novo, mas na Europa foi introduzido no início dos anos 2000.
Vi que o termo ‘Venture Philanthropy` (VP) não pode ser entendido ao pé da letra. Corresponde a um modelo de parceria semelhante às práticas de capital de risco que já vêm sendo adotadas com sucesso por “empresas maduras” na construção do valor comercial de “empresas jovens” promissoras (Venture Capital -> Private Equity).
A EVPA define VENTURE PHILANTHROPY (VP) como sendo “uma abordagem de alto envolvimento e longo prazo em que um INVESTIDOR DE IMPACTO apoia uma ORGANIZAÇÃO DE PROPÓSITO SOCIAL para ajudá-la a maximizar seu impacto social“.
O INVESTIDOR DE IMPACTO tanto pode ser um doador / filantropo (grantmaker ou Fundação) como um Fundo de Impacto Social.
A ORGANIZAÇÃO DE PROPÓSITO SOCIAL tanto pode ser uma ONG ou OSC, ou um negócio social, ou empresa social.
No BRASIL, o Instituto Órizon começou em 2021 a colocar em prática essa estratégia de parceria com o foco no impacto social.
Recomendo muito uma visita ao site da EVPA e a leitura de suas publicações e Guias!
